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Mostrando postagens de agosto, 2014

Como Vampiros Antigos

Motivos Vazios

Nosso caminho é sinuoso Nos perdemos da verdade Embriagados de felicidade Em um tempo nebuloso Corremos sem ter aonde ir Gritamos sem ninguém nos escutar Pulamos na água sem saber nadar Voamos sabendo que vamos cair Não há sentido nessa vida Não precisamos de motivos Nós não somos emotivos E não temos uma saída Nada para chorar nem sorrir Continuamos sem ter aonde ir

Flor de Laranjeira

Hoje vejo teu sorriso calmo Em meio à flores de laranjeira E fico feliz por tê-la por perto Quem sabe por uma noite inteira Tão feliz por ver teus olhos Tão vivos e brilhantes agora E se fugíssemos hoje à noite Como loucos contra a aurora? Vamos cantar, dançar e girar sob o luar Em meio às flores de laranjeira vamos amar Não há algo que eu possa fazer Para lhe convencer que o tempo é curto E não há nada que eu possa dizer Pra lhe convencer a ficar mais um minuto

Silêncio

Nem sequer um sussurro no ar Nem ao menos um suspiro no quarto Já está vazio por dentro há tempos Mas agora percebe-se ao longe O silêncio irá cair sobre nós Os sussurros já se foram com o vento Os sorrisos não são mais vistos Nem as lágrimas são sentidas Tudo está calmo, calmo demais Tudo está vazio, vazio demais Nunca há tempo, sempre é tarde O tempo urge contra nós Sem nos dar chance de dizer o que queremos Sem a menor chance de fugirmos

Olhos Abertos

Não quero fechar os olhos Eu sei que ao fechá-los Você não estará lá E o melhor seria nem piscar Qual o sentido em fechar os olhos Se nunca mais vou abrir Eu sei que já é tarde E se aproxima nosso último minuto A noite está fria, Querida Estou congelando aqui fora É tarde para mim É tarde para você Eu sei que vai partir Apenas não sei o porquê

Jardim

Olhando através da janela Vejo um jardim abandonado Você costumava estar lá Costumava estar ao meu lado Hoje me sinto perdido Me deito em meio às sobras Sons que me atormentam todo o tempo Gritando teu nome agora Tuas cartas não são minhas Já não digo mais o teu nome Ouço o seu fantasma no jardim Mas se tento alcançá-lo, some Agora sei o que morreu Quem está enterrado no jardim, sou eu

Preso no Relógio

Estou preso em teu relógio Sou mais um escravo do tempo Olhando tuas mãos nuas Sorrindo em disfarce ao momento Quem me dera, eu tivesse Um segundo de realidade Em meio a estes sonhos Os quais só tenho metade Tu prende-me no tempo Por eras e eras, Querida Eu ouço o relógio parando Meu tempo se esvai ao vento Porém mesmo que eu vá Ainda vejo-lhe em meu pensamento

A Simplicidade do Esquecimento

Andando a passos largos em direção ao abismo Minha mente se atormenta de medo do acaso Perco passos tropeçados, andando rápido por desespero Ah quem me dera, fosse me cedido um momento simples Acabo de correr do meu passado A simplicidade cruel do fim do outono Quem me dera, fosse cedido um momento simples E meu futuro já me abandona sem motivos Não sei se sou culpado pelo acaso O inverno se aproxima sem receio Congelando aos poucos os pesadelos Da minha mente que aos poucos se esvai Em que frases não ditas simplesmente não existam E que as frases ditas, sejam apenas esquecidas