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Mostrando postagens de 2014

Como Vampiros Antigos

Brincar de Amor

E se a gente não correr? A vida escorre entre os dedos A gente pode só viver E esquecer os nossos medos Se o que eu quero é amor E você quer me amar E ir comigo aonde eu for Pra que eu vou chorar? A gente pode só brincar Se esconder da solidão Sem ter medo de errar Brinca comigo de me amar Você segura a minha mão E eu não deixo você soltar

Coração Fechado

Ela me disse "Eu te amo" E o nervosismo gritou Eu disse "Isso é um engano" E a calma me tomou Meus pensamentos correram E sei bem onde chegaram Nos momentos, que morreram E nos sonhos que me tomaram Ela disse "Eu senti sua falta" E eu incrédulo e sem emoção Disse "Repita em voz alta" Fez-se o silêncio então E eu ali me fiz feliz Por não deixar aberto meu coração

Fora de mim

Acho que estou enlouquecendo Não sei mais para onde vou Ou do que estou esquecendo Ou mesmo quem eu sou Mas o que realmente conta então Talvez eu não me importe E veja que perder a razão Na verdade é a minha sorte Ou estou tentando me convencer De que isso vai me fazer bem E que é o melhor a se fazer Mas pode ser que eu queira assim Me livrar de alguns problemas E deixar você de fora de mim

Seu Namorado

O que aconteceu? Nós embaralhamos uns passos E trocamos alguns abraços Eramos só você e eu Nós trocamos beijos E prendemo-nos em olhares E fui me perdendo pelos ares Brincando com teus desejos Mais um dia, talvez? Numa outra conversa A gente se veja outra vez Mas não estou apaixonado Esse não é o meu tipo E eu não sou seu namorado

A Morte De Um Amor

Ela estava sentada no canto do quarto, observando as sombras que dançavam na parede, já desacreditando no que acabara de fazer. Estava aliviada, porém não conseguia conter as lágrimas que insistiam em rolar pela sua face, a tristeza que a invadia, quase lhe causando algum arrependimento... quase.

A gente

A gente se fala, mas nem tanto Fala coisas sem sentido Você ri junto comigo E aumenta meu encanto Você está meio distante E eu quero me aproximar Mas não sei se é o bastante Pra você se apaixonar A gente concorda quase sempre E gosta das mesmas coisas O tempo passa e não se sente O tempo se arrasta quando separados Mas voa quando estamos juntos Eu só queria que estivesse parado

Quadro No Paraíso

A sensação do teu calor De ver teus lábios vermelhos Amanhã essa vai ser a cor Do "Eu te amo" nos espelhos Que você vai escrever com batom Pra não me deixar esquecer E vou acordar com o som Das paredes que gritam você Nossa música já tocando Meus dedos desenham teu corpo Que eu já desejo tanto E mais nada seria preciso Para eternizar esse momento Num quadro no paraíso

Seu Protetor

Eu sei que você se esconde Tentando ser forte sozinha Eu só não sei para onde Ou o quanto você caminha Você ficará ao meu lado De manhã quando eu acordar? Ou me jogo da cama assustado E você não vai estar lá? Eu quero te conhecer Debaixo dessa máscara Eu quero te proteger Você estará a salvo comigo Só confiar em mim E eu vou te dar abrigo

História

Uma gota de tinta no papel Com os mistérios daquilo que temos Descrevendo a grama e o céu Do dia em que nos conhecemos Páginas cheias de letras Com palavras inventadas Lembrando as sextas-feiras Andando de mãos dadas Uma história curiosa O conto da nossa ida Por uma estrada sinuosa Havia uma linha de mim Para cada capítulo dela Nosso livro era simples assim

Ela

Seu corpo quente me acalma Quando ela se deita comigo Um frio corre pela minha alma Me sinto a salvo do perigo Seu sorriso doce me desarma Com seus grandes olhos castanhos Ela sempre esteve ali, um carma Nos conhecemos sem ser estranhos Seu cabelo se espalhando Como um desenho no travesseiro Acho que estou me apaixonando Parece tudo tão natural Como se ela fizesse parte de mim E não pudesse me fazer mal

Resposta

Estamos em silêncio aqui Você não esboçou reação Não chora, nem sorri Nem segura a minha mão Não foi somente uma pergunta Foi um pedido de uma promessa Com tantas emoções juntas Então não precisa ter pressa Agora olha pra mim Promete que vai pensar E que não vai ficar assim Quando você descobrir, me chama Vem me ver, me liga e vem dizer Que você também me ama

Melodia

Existe um som que toca Toda vez que eu te vejo Uma melodia meio torta Que me lembra o seu beijo Um som que tranquiliza Que me lembra a chuva fraca E lembra aquela brisa Quando a gente se abraçava Um leve tom, uma harmonia De um sonho inacabado Que mesmo dormindo eu sorria A nossa música tocando Você deitada do meu lado E a gente se abraçando

Sozinho Na Estrada

Existe uma estrada Onde ando sozinho Não está acabada Nem sei o caminho Já olhei para o lado Costumava ter alguém Mas ficou no passado E um pedaço também Pessoas passaram E estenderam a mão Mas logo se foram E tiveram razão Sei que um dia chegará em mim Alguém que me siga até o fim

Um Sorriso

Teus lábios estão arqueados Essa expressão de alegria Sempre que estamos abraçados Era tudo o que eu queria Pra que tentar se esconder Tentando não mostrar O que eu fiz para você Que fez você corar? Não sei onde estamos Mas se tornou o paraíso Desde que aqui chegamos E é tudo que eu preciso Que você esteja comigo E me mostre mais um sorriso

Platônico

Ela me olhou nos olhos e disse "Você parece apaixonado" Eu disfarcei num sorriso E silenciei desajeitado Ela se aproximou e perguntou "quem?" Eu fiquei vermelho e respondi "Ninguém" Uma única palavra ela me tem Um sorriso dela balança meu eu Será que ela acreditou no "Ninguém" Ou será que pensou "Sou eu"? Eu nunca soube o que dizer Nem sei o que eu faria Se um dia ela me ver E dizer que me queria

Não há

Agora tenho a certeza De que você já foi embora Não há vinho sobre a mesa Nem conversas fora de hora Não há sussurros de madrugada Não há risadas contidas Não há mais simples risadas Nem promessas infinitas Nem sequer lembro começou Mas ainda lembro como foi Porém não entendia que acabou Quem sabe do silêncio pelos quartos? Ou da solidão das memórias Nas lágrimas que caem nos retratos?

Despertar

Acabou o pesadelo Estou seguro novamente Não preenchi o vazio Mas não há nada que me atormente Houve algo de novo Que sempre esteve ali Algo nunca antes visto Mas que sempre conheci Meus olhos estão abertos Agora mais que nunca Brilhando novamente Aguardando uma pergunta Dias novos, uma nova emoção Acordada dentro do meu coração

Não

Atrasado, descompassado, defeituoso Talvez seja apenas um pouco misterioso O que se acaba no ritmo da próxima batida Talvez seja a perdição de uma vida Tentando correr, porém preso ao chão Tentando bater, meu ferido coração Iludido, atordoado, apaixonado Talvez deixado um pouco de lado Não se há ouve único som na madrugada Não há tempo para uma vida que se acaba Não há dia, somente noites sucessivas Não há amor, somente cartas possessivas Tentando ver, por trás da ilusão Tentando dizer, que desta vez, não

Luz de Velas

Entre e sente-se Sinta-se confortável As velas você acende Trarei um vinho agradável Quanto tempo faz Pensei que não fosse mais lhe ver Mas você voltou atrás E decidiu que pode acontecer Será que é importante? Todas as tristezas Se apagam num instante O que podemos dizer? Se estamos em silêncio E não sabemos o que fazer

Ontem

Sem diário de bordo Sem um bilhete amassado Sem um papel rabiscado Só uma memória quando acordo Nada restou senão memórias Não há nada para me segurar Não tenho nada para olhar E lembrar das novas histórias Um novo mundo, novo rosto Para você, não pra mim Eu ainda vou ficar assim Com meu sentimento torto Sorria, teu lindo sorriso Sorria e viva teu paraíso

Um copo e um cigarro

Em um lago escuro e profundo Repousa solidão e tristeza Em um bar velho e imundo Um copo e um cigarro sobre a mesa O cigarro preenche um vazio Nos pulmões de um homem triste A bebida quente para espantar o frio Algo estranho para quem assiste A dor que ninguém conhece É a dor que todos imaginam A bebida já não aquece As vozes já não gritam Tudo tão pálido, o cigarro se apaga A solidão se acaba com a bebida amarga

Ninguém

Cá estamos, no final Olhos inchados Versos perdidos Sob a chuva torrencial Nada é belo sem você Não aguento mais a dor Você, que foi meu amor Ainda é, mas não vê Teus olhos são tempestade Me perco em seus olhares Eu me afogo nestes mares Chamados de felicidade Meu "adeus" não tem a quem Ontem com você, hoje sem ninguém

Motivos Vazios

Nosso caminho é sinuoso Nos perdemos da verdade Embriagados de felicidade Em um tempo nebuloso Corremos sem ter aonde ir Gritamos sem ninguém nos escutar Pulamos na água sem saber nadar Voamos sabendo que vamos cair Não há sentido nessa vida Não precisamos de motivos Nós não somos emotivos E não temos uma saída Nada para chorar nem sorrir Continuamos sem ter aonde ir

Flor de Laranjeira

Hoje vejo teu sorriso calmo Em meio à flores de laranjeira E fico feliz por tê-la por perto Quem sabe por uma noite inteira Tão feliz por ver teus olhos Tão vivos e brilhantes agora E se fugíssemos hoje à noite Como loucos contra a aurora? Vamos cantar, dançar e girar sob o luar Em meio às flores de laranjeira vamos amar Não há algo que eu possa fazer Para lhe convencer que o tempo é curto E não há nada que eu possa dizer Pra lhe convencer a ficar mais um minuto

Silêncio

Nem sequer um sussurro no ar Nem ao menos um suspiro no quarto Já está vazio por dentro há tempos Mas agora percebe-se ao longe O silêncio irá cair sobre nós Os sussurros já se foram com o vento Os sorrisos não são mais vistos Nem as lágrimas são sentidas Tudo está calmo, calmo demais Tudo está vazio, vazio demais Nunca há tempo, sempre é tarde O tempo urge contra nós Sem nos dar chance de dizer o que queremos Sem a menor chance de fugirmos

Olhos Abertos

Não quero fechar os olhos Eu sei que ao fechá-los Você não estará lá E o melhor seria nem piscar Qual o sentido em fechar os olhos Se nunca mais vou abrir Eu sei que já é tarde E se aproxima nosso último minuto A noite está fria, Querida Estou congelando aqui fora É tarde para mim É tarde para você Eu sei que vai partir Apenas não sei o porquê

Jardim

Olhando através da janela Vejo um jardim abandonado Você costumava estar lá Costumava estar ao meu lado Hoje me sinto perdido Me deito em meio às sobras Sons que me atormentam todo o tempo Gritando teu nome agora Tuas cartas não são minhas Já não digo mais o teu nome Ouço o seu fantasma no jardim Mas se tento alcançá-lo, some Agora sei o que morreu Quem está enterrado no jardim, sou eu

Preso no Relógio

Estou preso em teu relógio Sou mais um escravo do tempo Olhando tuas mãos nuas Sorrindo em disfarce ao momento Quem me dera, eu tivesse Um segundo de realidade Em meio a estes sonhos Os quais só tenho metade Tu prende-me no tempo Por eras e eras, Querida Eu ouço o relógio parando Meu tempo se esvai ao vento Porém mesmo que eu vá Ainda vejo-lhe em meu pensamento

A Simplicidade do Esquecimento

Andando a passos largos em direção ao abismo Minha mente se atormenta de medo do acaso Perco passos tropeçados, andando rápido por desespero Ah quem me dera, fosse me cedido um momento simples Acabo de correr do meu passado A simplicidade cruel do fim do outono Quem me dera, fosse cedido um momento simples E meu futuro já me abandona sem motivos Não sei se sou culpado pelo acaso O inverno se aproxima sem receio Congelando aos poucos os pesadelos Da minha mente que aos poucos se esvai Em que frases não ditas simplesmente não existam E que as frases ditas, sejam apenas esquecidas