É como se ontem eu estivesse sob uma parede de concreto.
Como se ontem, tudo houvesse desabado e me deixado soterrado, me sentia no escuro, sozinho e com algo apertando o meu peito cada vez mais forte. Era difícil respirar.
Era uma parede sólida que estava sobre mim. Uma parede que não ruiu diante do desastre geral.
Ao meu ver, todas as paredes estavam intactas, "O problema provavelmente foi na base" eu dizia pra mim mesmo, enquanto tentava inutilmente empurrar a pesada parede que a cada segundo se tornava ainda mais pesada e me esmagava com mais força.
As costelas se quebrando, perfurando meu pulmão, meu fraco coração não resistiria a tal peso.
Mas você veio, de certa forma ajudou.
Você quebrou tudo.
Você veio com seus dinamites e suas palavras em chamas para destruir, esmigalhar, transformar em pó todas aquelas paredes, que por mais sólidas que fossem, haveriam de ceder... cedo ou tarde.
Eu ainda estava machucado, é claro. Entretanto, a pressão acabou.
Por pior que eu esteja, vou me recuperar. Não há nada que com alguns dias e uma boa dose de analgésicos não possa ser curado.
Solidão não se cura assim, por outro lado.
Em algum momento eu vou ter de ir lá fora, encarar o mundo e superar os traumas.
Não digo que não vá doer. Vai.
Não posso viver todos os dias me viciando em analgésico, quando a ficha cair, vai doer, lancinar, arder. Eu posso perder a lucidez, mas espero conseguir superar essa dor sem perder o orgulho.
E apesar de saber que vai doer logo, é melhor do que continuar deitado sob aquelas paredes.
Agora eu só tenho a sensação de alívio. E tudo o que eu preciso é paz.
Como se ontem, tudo houvesse desabado e me deixado soterrado, me sentia no escuro, sozinho e com algo apertando o meu peito cada vez mais forte. Era difícil respirar.
Era uma parede sólida que estava sobre mim. Uma parede que não ruiu diante do desastre geral.
Ao meu ver, todas as paredes estavam intactas, "O problema provavelmente foi na base" eu dizia pra mim mesmo, enquanto tentava inutilmente empurrar a pesada parede que a cada segundo se tornava ainda mais pesada e me esmagava com mais força.
As costelas se quebrando, perfurando meu pulmão, meu fraco coração não resistiria a tal peso.
Mas você veio, de certa forma ajudou.
Você quebrou tudo.
Você veio com seus dinamites e suas palavras em chamas para destruir, esmigalhar, transformar em pó todas aquelas paredes, que por mais sólidas que fossem, haveriam de ceder... cedo ou tarde.
Eu ainda estava machucado, é claro. Entretanto, a pressão acabou.
Por pior que eu esteja, vou me recuperar. Não há nada que com alguns dias e uma boa dose de analgésicos não possa ser curado.
Solidão não se cura assim, por outro lado.
Em algum momento eu vou ter de ir lá fora, encarar o mundo e superar os traumas.
Não digo que não vá doer. Vai.
Não posso viver todos os dias me viciando em analgésico, quando a ficha cair, vai doer, lancinar, arder. Eu posso perder a lucidez, mas espero conseguir superar essa dor sem perder o orgulho.
E apesar de saber que vai doer logo, é melhor do que continuar deitado sob aquelas paredes.
Agora eu só tenho a sensação de alívio. E tudo o que eu preciso é paz.
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