Hoje eu decidi limpar as coisas aqui, acho que devia saber que quando digo "aqui", estou falando do meu coração. Sabe, aquele coração que um dia esteve em suas mãos... estranho pensar que hoje ele já não esteja aí, onde costumava me sentir seguro.
Eu também limpei as coisas por aqui, com "por aqui" eu quis dizer no nosso quarto, digo, no meu quarto. Joguei fora aquele perfume que você disse que não ia buscar, aquela camisa que você usava para dormir todas as noites e de repente deixou para trás. De certa forma eu devo ser essa camisa, que num dia você não conseguia dormir sem, no outro deixou para trás com um punhado de memórias que você não iria voltar para buscar.
Dentre montes de papéis, onde haviam teu sorriso desenhado por mim, encontrei uma carta sua. Foi uma carta escrita nos tempos mais felizes, quando você dizia me amar mais que qualquer coisa no mundo, sua caligrafia dizia tudo. Na carta você disse o quanto me amava, que mesmo apesar das brigas a gente sempre ia conseguir superar, havia uma promessa de que você nunca me deixaria sozinho, e adivinhe quem está aqui sentado lendo essa carta? Nenhum de nós foi bom com promessas, não é mesmo? Lembra de quando eu prometi nunca ficar bravo e você prometeu nunca duvidar de mim? Éramos jovens e inocentes naquele tempo.
Acho que me fez bem ler àquela carta. Eu sorri, pela primeira vez em anos você me fez sorrir, a lembrança de você, me fez sorrir. Acho que isso é importante, sinal de que você não pode mais me machucar, levou tempo, mas cicatrizou, quem diria que um dia ia cicatrizar, não é?
Acho que é hora das coisas mudarem aqui dentro, não falo da decoração do quarto, mas do meu coração. Por tanto tempo desde que eu contei seus passos até a porta, eu culpei você pela dor que eu sentia, se você era realmente a culpada? Não sei, será que existe algum culpado nisso tudo?
O fato é que acabou. Meu coração entendeu, já não reclama ao ouvir teu nome. Meu quarto também entendeu, as paredes já não gritam seu nome em uníssono, como fizeram em todas as noites frias desse último inverno.
Eu decidi limpar as coisas aqui, acho que finalmente estou esperando que alguém entre. Não estou falando do quarto, dessa vez estou falando do coração. Estava aquela bagunça que você deixou quando saiu, um punhado de memórias jogadas no canto, uma poça de lágrimas na entrada, o teu cheiro impregnado nas paredes. Não dava pra receber ninguém aqui, mas acho que agora estou pronto.
Ah sim, também estou limpando o quarto, pela hora ela já deve estar quase pronta, então já estou de saída e acho que quando chegarmos viremos direto para o quarto.
Eu também limpei as coisas por aqui, com "por aqui" eu quis dizer no nosso quarto, digo, no meu quarto. Joguei fora aquele perfume que você disse que não ia buscar, aquela camisa que você usava para dormir todas as noites e de repente deixou para trás. De certa forma eu devo ser essa camisa, que num dia você não conseguia dormir sem, no outro deixou para trás com um punhado de memórias que você não iria voltar para buscar.
Dentre montes de papéis, onde haviam teu sorriso desenhado por mim, encontrei uma carta sua. Foi uma carta escrita nos tempos mais felizes, quando você dizia me amar mais que qualquer coisa no mundo, sua caligrafia dizia tudo. Na carta você disse o quanto me amava, que mesmo apesar das brigas a gente sempre ia conseguir superar, havia uma promessa de que você nunca me deixaria sozinho, e adivinhe quem está aqui sentado lendo essa carta? Nenhum de nós foi bom com promessas, não é mesmo? Lembra de quando eu prometi nunca ficar bravo e você prometeu nunca duvidar de mim? Éramos jovens e inocentes naquele tempo.
Acho que me fez bem ler àquela carta. Eu sorri, pela primeira vez em anos você me fez sorrir, a lembrança de você, me fez sorrir. Acho que isso é importante, sinal de que você não pode mais me machucar, levou tempo, mas cicatrizou, quem diria que um dia ia cicatrizar, não é?
Acho que é hora das coisas mudarem aqui dentro, não falo da decoração do quarto, mas do meu coração. Por tanto tempo desde que eu contei seus passos até a porta, eu culpei você pela dor que eu sentia, se você era realmente a culpada? Não sei, será que existe algum culpado nisso tudo?
O fato é que acabou. Meu coração entendeu, já não reclama ao ouvir teu nome. Meu quarto também entendeu, as paredes já não gritam seu nome em uníssono, como fizeram em todas as noites frias desse último inverno.
Eu decidi limpar as coisas aqui, acho que finalmente estou esperando que alguém entre. Não estou falando do quarto, dessa vez estou falando do coração. Estava aquela bagunça que você deixou quando saiu, um punhado de memórias jogadas no canto, uma poça de lágrimas na entrada, o teu cheiro impregnado nas paredes. Não dava pra receber ninguém aqui, mas acho que agora estou pronto.
Ah sim, também estou limpando o quarto, pela hora ela já deve estar quase pronta, então já estou de saída e acho que quando chegarmos viremos direto para o quarto.
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