Hoje eu sonhei com você.
Foi um sonho um tanto quanto intenso, mas foi romântico, se eu te contasse, você diria que foi fofo. Éramos eu, você, uma garrafa de Bourgogne Pinot Noir. A gente se abraçava, se beijava e se punha a dançar. Não estou certo de que eu a conduzia, eu era levado pelo sabor do vinho e do balançar dos teus quadris. Tampouco tenho certeza de que eu respirava, pois quando meus lábios não estavam nos seus, eu olhava nos teus olhos e talvez até meu coração se esquecesse de bater, para ficar observando o teu corpo dançando sozinho enquanto eu me servia de mais uma taça de vinho.
Os teus lábios percorriam da minha boca até o pescoço, onde você mordia de leve e arranhava com os dentes em direção à minha orelha, em seguida dizia meu nome em meio a suspiros. Você me abraçava mais apertado e dizia que me amava, dava dois passos para trás, com um sorriso malicioso e as maçãs do rosto avermelhadas pelo vinho. Você me chamava com os dedos, mordendo o lábio inferior e piscando demoradamente, realçando teu olhar penetrante que já me despia à distância. Aquela nossa música começou a tocar, sem que eu percebesse que havia música. Aquela nossa, que eu fiquei ouvindo por horas e horas só para cantar pra você, não era muito romântica, mas me fazia lembrar de ti.
Eu fui em sua direção, cambaleante e embriagado, parte por vinho, parte por amor. Você se jogou na cama e eu me joguei ao teu lado, olhei em teus olhos e trocamos um beijo demorado, eu só consegui dizer que te amava, que aquele momento poderia ser eterno e que não havia nada que pudesse me tirar do seu lado.
Terrível engano. Acordei ofegante, saltando da cama, o coração saindo pela boca e a arritmia escrevendo teu nome como fosse em código morse. Deitei novamente na tentativa de me acalmar, mas quando olhei para o lado você não estava lá. Peguei o celular e olhei tua foto, aquela que me mandou dois dias atrás. Os teus olhos intensos e a tua boca vermelha voltaram a circular pela minha mente e eu a desejei aqui do meu lado, não é preciso dizer. Na insônia que se seguiu, levantei-me e me pus a escrever diversos versos que você não vai ler, esboçar desenhos que você nunca vai ver.
Entretanto estou aqui, resolvi contar o que aconteceu, disfarçando os sentimentos com meu eu lírico num simples texto. Quando você ler, acho que vai gostar, no fundo vai se reconhecer, mas ainda vai duvidar. Talvez eu tenha mesmo sonhado com você, mas talvez realmente seja apenas meu eu lírico, você nunca vai saber. Talvez você seja a minha inspiração, aquela que um dia eu lhe disse nunca ter sentido.
Foi um sonho um tanto quanto intenso, mas foi romântico, se eu te contasse, você diria que foi fofo. Éramos eu, você, uma garrafa de Bourgogne Pinot Noir. A gente se abraçava, se beijava e se punha a dançar. Não estou certo de que eu a conduzia, eu era levado pelo sabor do vinho e do balançar dos teus quadris. Tampouco tenho certeza de que eu respirava, pois quando meus lábios não estavam nos seus, eu olhava nos teus olhos e talvez até meu coração se esquecesse de bater, para ficar observando o teu corpo dançando sozinho enquanto eu me servia de mais uma taça de vinho.
Os teus lábios percorriam da minha boca até o pescoço, onde você mordia de leve e arranhava com os dentes em direção à minha orelha, em seguida dizia meu nome em meio a suspiros. Você me abraçava mais apertado e dizia que me amava, dava dois passos para trás, com um sorriso malicioso e as maçãs do rosto avermelhadas pelo vinho. Você me chamava com os dedos, mordendo o lábio inferior e piscando demoradamente, realçando teu olhar penetrante que já me despia à distância. Aquela nossa música começou a tocar, sem que eu percebesse que havia música. Aquela nossa, que eu fiquei ouvindo por horas e horas só para cantar pra você, não era muito romântica, mas me fazia lembrar de ti.
Eu fui em sua direção, cambaleante e embriagado, parte por vinho, parte por amor. Você se jogou na cama e eu me joguei ao teu lado, olhei em teus olhos e trocamos um beijo demorado, eu só consegui dizer que te amava, que aquele momento poderia ser eterno e que não havia nada que pudesse me tirar do seu lado.
Terrível engano. Acordei ofegante, saltando da cama, o coração saindo pela boca e a arritmia escrevendo teu nome como fosse em código morse. Deitei novamente na tentativa de me acalmar, mas quando olhei para o lado você não estava lá. Peguei o celular e olhei tua foto, aquela que me mandou dois dias atrás. Os teus olhos intensos e a tua boca vermelha voltaram a circular pela minha mente e eu a desejei aqui do meu lado, não é preciso dizer. Na insônia que se seguiu, levantei-me e me pus a escrever diversos versos que você não vai ler, esboçar desenhos que você nunca vai ver.
Entretanto estou aqui, resolvi contar o que aconteceu, disfarçando os sentimentos com meu eu lírico num simples texto. Quando você ler, acho que vai gostar, no fundo vai se reconhecer, mas ainda vai duvidar. Talvez eu tenha mesmo sonhado com você, mas talvez realmente seja apenas meu eu lírico, você nunca vai saber. Talvez você seja a minha inspiração, aquela que um dia eu lhe disse nunca ter sentido.
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