Quando atendeu o telefone, Juliana havia se enchido de alegria ao ver que foi Diego quem estava ligando, porém a alegria se dissipou assim que escutou o tom de voz um pouco distante e sem aquela alegria característica que o rapaz havia mostrado nos dois meses desde que se conheceram. Ela gostava dele, mais do que pudesse admitir, mais do que quisesse admitir. Eles tinham algo entre si, uma implicância que aumentava a acidez do relacionamento, se é que tinham um relacionamento. De certo modo ela gostava da maneira como ele discordava dela, mais do que gostava quando os outros rapazes concordavam, ela achava que isso poderia manter uma chama acesa mesmo nos dias mais frios. "Precisamos conversar", ele disse com aquele tom de voz que ela nunca esqueceria, era um tom calmo, quase que arrogante, mas ao mesmo tempo, ela adorava ouvir aquela voz.
Um coração que não sabe bater para um escritor que não sabe escrever