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Como Vampiros Antigos

Plástico Bolha


Primeiro, vamos estabelecer uma coisa: Nem sempre eu me comporto assim.
É sério, às vezes eu sou uma pessoa centrada, não é sempre, na verdade é bem raro, mas eu sou. No restante do tempo eu tenho essa mesma cara de bobo, ou será que eu só finjo de bobo? Não dá pra saber, é uma loteria. Você joga?
Voltando... Não é fácil me manter focado, sempre eu vou acabar desviando do assunto, então quando eu fugir do assunto, você me avise.
Do que está rindo? Como assim, eu fugi do assunto de novo? Nem comecei? Droga, tá vendo?
Agora sim. Vamos lá.
Eu nem sempre sou assim, só aparento ser, tentei por muito tempo ser frio e distante, manter um ar de mistério em torno de mim, o que me deixa ainda mais sexy, não é mesmo? O que? Está rindo de novo. Inclusive, que sorriso bonito você tem. Oh, agora ficou vermelha? Adoro quando faz isso.
Porém! Como eu dizia, não sou frio e distante, na verdade eu tenho um coração bem frágil, literalmente e figurativamente. Se por um lado ele pode parar a qualquer momento e deixar o eco de um último pulso nas minhas veias, ele acelera quando te vê e bate mais que o suficiente para uma vida toda.
Meu coração é frágil, não é brinquedo, você tem de tomar cuidado com ele, quando eu deixo nas suas mãos, não é como se fosse uma encomenda dos correios que pode ser jogada pra lá e pra cá, pois está envolta em plástico bolha, inclusive, deviam inventar o plástico bolhas dos sentimentos, pra proteger gente como eu.
Vale ressaltar que plástico bolha é algo mágico, né? Protege nossas encomendas quando elas chegam e protegem de quebrar as encomendas por conta do stress, já que antes de atirar a cadeira na TV eu estouro umas 200 bolhinhas, não que eu atire cadeiras na TV, aquilo foi só um evento separado e o filme era ruim. Ah, bem lembrado, eu saindo do assunto novamente
Exagerado, sentimentalóide, dramático e às vezes insensato, esse sou eu e não vou mudar, não me entenda mal, não é como se eu não quisesse mudar, só é meio impossível, não sei o que aconteceu no meio do processo de produção deu um problema e não tem volta. Vou sempre chorar com clichês românticos, vou sempre falar em clichês, vou sempre enfeitar todos os verbos antes de dizer que te amo e pode ser que você não goste, ache frescura. E é, totalmente. Não tiro sua razão, pode ser que incomode, mas eu garanto que é isso que aquece nas noites frias, isso que tornará os dias cinzentos em dias suportáveis, é esse excesso de carinho, excesso de "eu" que vai te segurar quando você cair e depois vai cantar uma musiquinha sobre isso logo em seguida.
É, eu sou sempre assim, me delongo em mensagens curtas e simples, faço confusão; estou confuso, como vê.
Então, resumindo, eu só queria dizer duas coisas quando te chamei aqui: Cuide bem do meu coração. Sempre tenha plástico bolha por perto.

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