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Mostrando postagens de setembro, 2015

Como Vampiros Antigos

Teu Perfume No Quarto

"Eu ainda sinto o teu perfume no quarto, como se estivesse grudado nas paredes, chamando teu nome e te revivendo nas minhas lembranças. Ainda encontro fios de cabelo no travesseiro, ou mesmo na minha roupa, igual naquela música. Já faz tanto tempo, mas eu não me esqueço dos teus beijos, do sabor dos teus lábios e do calor do teu abraço, eu não me esqueço do teu sorriso e do teu olhar doce que tomava conta de mim e fazia esquecer dos problemas e lembrar que a vida ainda poderia ser bonita mesmo após o pôr do sol.

Defeitos

Aquilo foi uma mistura de sensações. Ela havia se emocionado, realmente sentiu saudades dele, das demonstrações de amor, o carinho e o romantismo que permeavam os melhores momentos que tiveram. Por um segundo ela pensou em voltar, abraçá-lo e dizer que os dois deviam ficar juntos e esquecer o passado, dizer que eles amadureceram e ela acreditava que estavam prontos para continuar de onde pararam.

Saudade

"Sabe, às vezes bate uma saudade quando acordo no meio da noite, uma vontade de ver o teu corpo deitado aqui do meu lado, acariciar teu cabelo e ver você acordando só pra me mandar um beijo e imediatamente voltar a dormir. Depois ficar olhando teus traços à meia-luz, querendo imortalizar aquele momento numa pintura ou numa fotografia, mas ao invés disso eternizar na minha mente o teu sorriso enquanto sonha.

A Aflição

Pedro estava tenso, trêmulo ao pegar as chaves do carro na mesinha da sala. Trancou a porta, ignorou o cachorro que tirava uma soneca no quintal e correu para dentro do carro, deu a partida e abriu o portão elétrico, manobrando o carro para fora da garagem devagar, apesar do desespero inquietante que possuía dentro de si. Um clique no controle e o portão voltou a fechar-se, antes que se fechasse completamente, Pedro já estava a uma quadra de distância, corria, apesar de torcer por estar errado, queria ter certeza. Estava nervoso, apertava o volante com força, tornando os nós dos dedos esbranquiçados. Sua respiração estava ofegante, apesar do ar condicionado ligado.

Palavras Tardias

"Eu acho que eu nunca foi muito esperto, afinal. Eu deveria ter percebido antes que a felicidade que eu procurava estava logo ali, sorrindo e comendo chocolate logo do meu lado, ainda não consigo entender como tudo aconteceu ou se eu poderia ter evitado, sei lá." Ele suspirou, fechou os olhos por um instante e continuou:

Primeiro Último Beijo

O frio nos ossos incomodava Vanessa, ela se abraçava na tentativa de preservar o calor do corpo. A roupa toda molhada, o vento batendo contra o rosto, a chuva que caía. Tudo aquilo deveria valer a pena, ela esperava que sim. Atravessou a praça da Savassi correndo, tocou o interfone e ficou tremendo sob a marquise do edifício por ao menos um minuto. —Oi, quem é? — Uma voz grave e um pouco rouca respondeu. —Sou eu, Vanessa. — Ela fez uma pausa. — Está chovendo muito aqui fora, abre logo. —Okay, sobe logo, vou pegar uma toalha. Ele desligou o interfone, com um clique o portão do prédio se abriu. Vanessa entrou rapidamente e, ignorando o elevador, subiu as escadas pulando os degraus de dois em dois. Apesar do frio, sentia que seu corpo ficava quente à medida que se aproximava do apartamento número 306.